domingo, 17 de janeiro de 2010

Levar dinheiro para o exterior - Qual é a melhor forma?

Creio que essa pergunta é feita pela grande maioria dos viajantes que vão para o exterior. Independentemente de você ser um mochileiro ou não, essa dúvida sempre fica e a resposta é bem simples: Não existe uma melhor forma de levar dinheiro para o exterior. Por quê? Cada país é cada país.



Cartão de crédito/débito? Será que na Coréia do Norte ou em Cuba eles são bem vindos?

Dinheiro? Ele pode ser roubado

Traveller cheques (ou cheques de viagem)? Não são aceitos em todos os lugares

Moeda local? Já tentou trocar reais por dólar do Zimbábue? (Se conseguir me avise)



Todas as formas de levar dinheiro ao exterior têm seus prós e seus contras. Continuando a série sobre férias vou falar sobre as mais diversas formas de levar dinheiro para o exterior e dessas, você irá decidir qual seria a melhor para seu caso e lembrando sempre, do país que você irá visitar.



Cartão de crédito: Ter um cartão de crédito internacional já deixou de ser sinal de "status" há muitos anos. Hoje é muito comum possuir um desses e muitos vêem como uma forma de pagamento no exterior. Usado com consciência, ele é uma ótima ferramenta de crédito para o curto prazo (até 40 dias), porém no exterior é preciso tomar alguns cuidados. Em geral, qualquer compra que você faça no exterior é convertido em dólar e depois em sua fatura para real.



Por exemplo, se você adquirir um determinado produto em pesos argentinos (Argentina), esse valor será convertido para dólar no ato da compra. Esse valor em dólar será lançado em sua fatura e no dia do fechamento dela será acrescido o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) e o câmbio para real. Se você pensa que parou por aí, você se enganou. No dia que sua fatura for paga, o valor gasto em dólar será novamente convertido para o câmbio do dia e ai você pode ganhar ou perder. Se o dólar subiu em relação ao fechamento de sua fatura, você terá que pagar a diferença na próxima fatura. Se ele caiu, você irá receber um desconto em sua próxima fatura. Prever o futuro do dólar frente ao real não é uma tarefa fácil, existem milhares de interesses da iniciativa privada, governo, etc em relação a sua cotação.



Outro ponto de atenção com o pagamento com cartão de crédito é em relação ao câmbio que sua operadora usa e taxas que ela possa cobrar pelo uso no exterior. Nesse quesito evite utilizar qualquer cartão da bandeira American Express, uma vez que eles fazem uma conversão sob o dólar turismo (o mais caro) e podem cobrar algumas taxas pelo uso do cartão no exterior. Já Visa, MasterCard e Diners Club têm um taxa de conversão, em geral, uma média entre o comercial (mais barato, que seria o oficial) e o turismo. O IOF é obrigatório para todas as operadoras.





Para evitar problemas, se você não viaja com muita freqüência para o exterior, ligue para sua operadora antes de viajar. Muitos cartões podem ter uma compra não autorizada por suspeita de clonagem e logo você poderá passar "um carão" no exterior. A operadora irá perguntar qual seu destino e em alguns casos poderá solicitar um valor estimado de gastos.



Por fim, fique atento a aceitação do cartão no país que você for. Dentre as três principais bandeiras globais, Visa, MasterCard (que inclui no exterior o Diners Club) e American Express, cada região, país ou cidade terá uma maior aceitação de uma ou outra. O ideal é que você tenha um cartão de cada bandeira. Para fechar, veja se é comum aceitar cartão de crédito no país de destino. Em alguns países mais "isolados" do mundo, sua aceitação é relativamente restrita e isso pode lhe causar transtornos. Guias de viagens, pessoas que já foram para o país, além de fóruns e blogs de viagem podem ser ótimos para obter essas informações.



Cartão de débito: Muitos bancos permitem o uso do seu cartão de débito no exterior, porém, você cai praticamente no mesmo nível de aceitação dos cartões de crédito. Procure saber o limite de uso do seu cartão de débito no exterior. Muitos bancos colocam um limite menor do que o nacional. A vantagem do débito no exterior é que a conversão é feita no ato, ou seja, não é preciso torcer pelo dólar ficar no mesmo patamar (ou baixar, que é melhor) como no crédito. O IOF também será cobrado e dependendo do banco, uma taxa será cobrada (informe-se com seu gerente).



Ligar para seu banco ou gerente antes de viajar para verificar a necessidade de qualquer desbloqueio, limites e taxas é uma boa.



Ainda sobre cartões, procure na parte de trás do mesmo, o número para contato em caso de problemas no exterior. Em geral, você ligará á cobrar e será atendido em português. Ligar na operadora local muitas vezes não irá resolver seu problema.



Traveller cheque: Durante muitos anos o traveller cheque foi uma ótima alternativa para viagens ao exterior. O modelo é bem simples. Você adquire um determinado valor localmente em alguma moeda específica (dólar, euro, libras, etc) e posteriormente no país de destino troca por aquele valor. Esqueça que isso não é uma realidade. Em geral trocar traveller cheque é igual ao mesmo que dor de cabeça e as taxas de conversão são abaixo da taxa dinheiro para dinheiro e outras pequenas taxas de comissão podem ser cobradas.



A vantagem do traveller cheque é sua segurança. Se você perder ou tiver ele furtado, roubado, a operadora do traveller cheque irá devolver o mesmo para você em um espaço de tempo muito curto (24/48 horas).



Visa Travel Money (VTM): Esse é o substituto, no meu ponto de vista, do traveller cheque (www.visa.com.br/travelmoney/). Com ele você recarrega um valor determinado (via casa de câmbio ou DOC - ele é um cartão pré-pago) e o mesmo é convertido em dólar. Não existe cobrança de IOF, o que já um ótimo início de conversa. Além disso, você não troca seu dinheiro em nenhuma casa de câmbio no exterior. Para utilizar basta ir a qualquer estabelecimento que aceita Visa ou se quiser dinheiro vivo, num caixa eletrônico (porém uma taxa de saque será cobrada, por isso, procure sacar o máximo necessário, a taxa é a mesma pra qualquer valor de saque).



Para obter um, você pode ir a uma casa de câmbio, fazer a recarga mínima de US$ 100,00 (no caso do cartão ser em dólar, ele pode ser em euro também, porém não sei o valor mínimo) e na hora você sai com o plástico e a senha. Além disso, você irá informar uma resposta secreta para o caso de perda ou roubo.



Sobre isso, em até 24 horas eles irão fazer a reposição do seu cartão, gratuitamente. Depois da primeira solicitação, as demais serão cobradas (US$/Euro 50,00, dependendo do cartão).



Outra vantagem é que ele é um cartão estilo débito, ou seja, não existe fatura. Tudo é eletrônico, debitado e convertido na hora pra dólar ou euro. Além disso, se você carregou US$ 100,00 hoje, ele continuará sendo US$ 100,00 no próximo mês, independentemente da variação cambial. Outra vantagem sobre o cartão de crédito. 

A viagem acabou e sobrou dinheiro? Sem problemas, você pode guardar ou recarregar pra próxima viagem ou simplesmente sacar em real.



Para fechar, você pode adicionar outros dependentes em seu cartão, isto é, pessoas que irão compartilhar o mesmo saldo com você.



Eu acho o VTM muito prático para pais que têm filhos no exterior também. Eles podem acompanhar os gastos e enviar dinheiro conforme necessário. Se você vai passar um bom tempo no exterior, ele também é interessante, uma vez você pode carregar ele daqui ou pedir pra alguém recarregar.



Câmbio: O dinheiro vivo é outra forma de levar dinheiro ao exterior. Mas, grandes quantidades podem ser perigosas (imagine se você é assaltado no primeiro de 60 dias de viagem). Mas, em alguns lugares que não existe uma grande aceitação de cartão, traveller cheque, etc, faz-se necessário o dinheiro.



Trocar o dinheiro pela moeda local no Brasil nem sempre pode ser um bom negócio. Se você for para países da América do Sul, como Argentina, Chile, Uruguai, Paraguai, Bolívia, Peru, é melhor você levar reais e trocar lá. Motivo? Aquele que caracteriza uma casa de câmbio: a cotação. A diferença de taxa de uma casa para outra pode variar muito. Eu gosto de trocar em lugares com muita concentração de casas (aeroportos ou ruas onde existem mais de 3/4 casas de câmbio). Trocar na casa de câmbio local, ou, no aeroporto que têm uma/duas casas de câmbio é pedir para ser "assaltado" na taxa.



Lembre-se de levar RG (passaporte também vale aqui e no exterior é obrigatório) originais e CPF (no Brasil). Na primeira vez que você fizer uma compra, alguns dados serão cadastrados. Algumas casas (BB Tur, do Banco do Brasil), exigem cópia da passagem.



Outro detalhe acompanhe a cotação do dólar turismo e não comercial. O dólar comercial é utilizado para transações financeiras entre empresas e internacionais. Para nós, simples mortais, o que vale é o dólar turismo, mais caro (sempre) que o comercial. Ao adquirir dólares, questione "a cotação já inclui IOF e comissões?". O IOF também é obrigatório e algumas casas cobram comissão.



Se você quiser uma forma mais barata de converter seu dinheiro, veja abaixo:



Câmbio (por conta e risco): Já tentou trocar dólares com alguém que acabou de chegar de um vôo dos Estados Unidos? Esse tipo de operação é um câmbio paralelo. Não é ilegal fazer isso, porém, tome muito cuidado. Notas faltas ou sem validade podem vim nessa troca e você não terá com quem reclamar.



A vantagem é a cotação. As casas de câmbio vendem uma determinada moeda acima da cotação do comercial e compram de quem vende a elas abaixo. Eu em geral paro em frente a uma casa de câmbio, mostro pra pessoal o valor da compra + venda, faço uma divisão por dois e troco. Ganha quem vende e quem compra. Usar a cotação do comercial é uma boa saída também.



Em alguns aeroportos de maior movimento, você pode trocar dólares, euro e libra com maleiros e taxistas. Devido ao pagamento de corridas e "caixinhas", eles acumulam uma quantidade boa e oferecem (se você perguntar) a uma taxa boa.



De ambas as formas, a conversão é informal e não requer a burocracia das casas de câmbio.



Em alguns países são comum as "casas de câmbio logo ali". Recomendo evitar elas, pois, podem ser armadilhas para assaltos. Faça a troca em um lugar relativamente movimentado. Nada de câmbio em lugares vazios.



Saque em moeda local: Alguns bancos oferecem essa modalidade de saque, através do seu cartão utilizado no Brasil.



Verifique os limites que você tem direito e também as taxas e rede conveniada no país e seu horário de funcionamento. Se você possuir conta em algum banco internacional (HSBC, Citibank, etc), procure saber se existe caixa local na cidade em que você está. Em muitos casos você terá isenção de taxas ou elas serão menores que na rede parceira.



Quando você realiza um saque no exterior, o princípio do cartão de débito é aplicado. No ato do saque, o valor é convertido para real e acrescido de IOF e taxas. O valor sai na hora da conta.



No caso do dinheiro vivo, procure distribuir os valores entre outras pessoas que irão viajar com você. Doleiras e compartimentos que podem ser colocados no cinto, perna, além do velho dinheiro na meia (e para alguns políticos na cueca), são boas alternativas. Nunca concentre seu dinheiro, assim como cartões e cheques num único lugar. Manter eles separados é sempre uma ótima idéia e uma questão de segurança.



Para fechar o post, como disse no início, não existe uma melhor forma de levar dinheiro para o exterior. Porém, uma única forma não é o melhor jeito. Misturar dinheiro, cartão, VTM, traveller cheque, etc é a forma correta de levar dinheiro para o exterior.



Eu particularmente viajo com cartões de crédito, VTM, dólares, se for possível, um pouco de moeda local e sempre alguma reserva de emergência em Libra/Euro, que valem mais que o dólar.



A proporção desse mix irá variar para o país e cidade que você for. No caso de cartões, alguns países são bem restritivos com seu uso, portanto a maior parte ou quase toda será em dinheiro. Já em países da América do Sul (nas capitais, principalmente), não existe problemas em misturar real e dólar. Eu sempre busco levar moeda local para algumas coisas de chegada de viagem como uma água, um sanduíche e até mesmo um táxi.



Um último lembre é: Tenha sempre a taxa de conversão em sua cabeça. Existem alguns programinhas para celular que podem fazer essa conversão para você, mas, é importante saber ela de cabeça para não ser "enganado" por nenhuma casa de câmbio ou "trocador". Lembre-se que todos querem lucrar, portanto, seu dinheiro irá perder um pouco de valor nessas trocas. Não tenho uma proporção, pois, isso vai variar da forma que você irá trocar seu dinheiro, mas tenha certeza que haverá uma perda. A pesquisa nesse caso é o melhor caminho.



Vocês têm alguma forma peculiar de levar dinheiro para o exterior? Como foi sua experiência com cartões de crédito/débito, VTM, etc? Deixe seu comentário.



Na próxima semana, vou falar sobre seguros de viagem. Na última semana comentei sobre algumas aéreas (incluindo as locais) que colocam um seguro na venda de suas passagens. Nessa última semana, a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), notificou formalmente GOL e TAM por venda casada, uma vez que a opção de solicitar um seguro viagem está pré-selecionada em sua compra. Para mais detalhes veja o link abaixo:


Por essa semana é só.


¡Hasta luego!

14 comentários:

  1. Em Buenos Aires, no aeroporto de Ezeiza, troque real para pesos no banco La Nácion.

    É uma das melhores cotações de Buenos Aires. Dentro de Buenos Aires, o La Nácion só aceita dólar-peso.

    ResponderExcluir
  2. Excelente post Vinicius, parabéns! Muito bem escrito e informativo. Costumo utilizar cartão de crédito sempre que viajo para fora, tanto para saque quanto para compras, e via de regra, tenho conseguido boas taxas de conversão.

    Lendo seu post me lembrei de um experimento que fiz na última vez que fui para Argentina: saquei 100 pesos em um cartão HSBC Visa e outros 100 pesos num Itaucard Mastercard, no mesmo dia e hora. Outros fatores fixados, faturas vencendo em datas próximas, o custo deveria ser muito parecido. Resultado: a transação no cartão HSBC Visa saiu 15% mais cara!

    Para mais detalhes, veja o post completo: http://www.fernandohrosa.com.br/br/P/Saques_Internacional_Cartao_Credito

    ResponderExcluir
  3. Ótimo post.
    Estava com muitas dúvidas sobre o uso dos cartões.

    Estou indo para a Argentina esse semana, habilitei meu cartão (VISA) para uso no exterior, mas nenhum dos albergues que ficarei aceita pagamento em cartão. Como terei que levar dinheiro estava na dúvida entre o real e o dólar. Ou se trocava o peso aqui. Mas pelo que você disse é melhor levar real, né?

    O peso mais barato que consegui por aqui foi no Bradesco por R$ 0.59.
    Cotando em sites argentinos vi que o real lá está por Arg$ 2.07. Não sou expert nessa coisas, mas parece que é vantagem trocar lá.

    Você que tem mais experiência no assunto, que acha?

    Obrigada pelas dicas!

    Renata

    ResponderExcluir
  4. Muito obrigado pelo comentário Renata.

    Muitos albergues por lá não aceitam cartão, mas, dependendo você pode pagar em dólar também.

    Quanto a trocar o dinheiro, o melhor é trocar lá. Se você desembarcar em Ezeiza (EZE), troque dinheiro no Banco La Nacion Argentina (como o leitor Joaquim postou). Troque o que achar necessário lá, uma vez que a cotação geralmente é boa e você pode trocar real->peso.

    Dentro de Buenos Aires, o La Nacion só aceita dólares realmente. Minha memória não anda boa, mas, no centro, tem uma agência de turismo de esquina com uma ótima cotação real->peso. Evite os câmbios de rua, e uma casa que chama "Metropolitan" ou "MetroCambio", não lembro. Ela não tem uma boa cotação e é bem burocrática pra trocar.

    A Western Union (perto da Galeria Pacífico) têm alguns preços bons, mas se achar essa agência de turismo, dê preferência pra ela.

    ResponderExcluir
  5. Vinícius, o site http://www.viajenaviagem.com/2009/05/pros-x-contras-dolar-euro-peso-real-travelers-cartao-de-credito-saque-internacional-ou-visa-travel-money/ também contém muitas informações úteis sobre o assunto.

    ResponderExcluir
  6. Este artigo ajudou bastante. Abs.

    ResponderExcluir
  7. Passei um belo de um perrengue com o VTM do Banco Rendimento no Peru.
    Como fazia tempo q nao usava, errei a senha e o dito cujo foi bloqueado.
    Fui entrar na internet pra desbloquear e pra minha surpresa meu acesso ali tb tinha sido bloqueado.
    Liguei no SAC e eles disseram q eu tinha q aguadar 24 h pra liberação, o que era impraticável.
    Depois de brigar com o atendente ele disse que havia conseguido a liberação do meu acesso à internet e q lá eu mesmo mudaria a senha e o cartão seria desbloqueado na hora, sem precisar esperar as 24 h.
    Feito isso, fui novamente tentar sacar. Na primeira tentativa o caixa dizia que nao conseguia comunicação com meu banco. Na segunda, feita depois de algumas horas, idem. Na terceira, também feita depois de algumas horas, pra minha surpresa o caixa eletrônico reteve meu cartão alegando razões de segurança. Ou seja, fiquei completamente na mão.
    Ainda não liguei novamente no SAC pq cansei de me estressar com o VTM nessa viagem. Estou sacando do meu Itaúcard sem nenhum problema.
    Minha conclusão é que o VTM é um plano Z. Muito falho e vulnerável, facilmente vc pode ficar na mão e o atendimento em caso de problemas é péssimo. Não recomendo de forma alguma.

    ResponderExcluir
  8. Hugo,

    Muito obrigado por enviar seu caso. É importante para que outros leitores saibam como a empresa trata seus clientes em momentos como esse...

    Mas, pelo visto, você "diversificou" suas opções, o que sempre é a melhor saída, um pouco de dinheiro vivo, crédito, débito e mesmo o VTM ou um Travel Cheque... O primordial é, NUNCA levar apenas uma forma de pagamento.

    ¡hasta luego!

    ResponderExcluir
  9. Olá. Estou planejando uma viagem e venho pesquisando bastante sobre o assunto...
    O Visa Travel Money é pra mim a opção mais segura e transparente. Segura por que você tem uma assistência em português 24 horas por dia que realmente funciona, te ajudam inclusive com qualquer aperto que você esteja passando no exterior, mesmo não relacionado ao cartão deles. Transparente porque você sabe de antemão a cotação que está pagando, facilitando o planejamento da viagem e podendo escolher um dia "bom" pra colocar dinheiro no cartão.
    Porém acredito que não seja a opção mais barata. Vou dar o exemplo de um cartão VTM EURO: o câmbio pra colocar dinheiro no VTM é do euro turismo, em torno de 7% acima do euro comercial. A agencia ainda pode cobrar por fora o IOF de 0,38%. Agora vamos à comparação com um cartão de crédito/débito do Banco do Brasil: O banco cobra 1% na conversão euro-dolar, e a cotação do dolar é ainda 2% acima do dolar comercial. Em cima de tudo ainda vem uma taxa que inclui o IOF de 2,5%. Juntando isso tudo ainda dá menos de 6% a mais do que o euro comercial. Melhor que os 7,38% do VTM, sem contar ainda as milhas que se pode acumular no cartão de crédito. Agora caso você use o VTM de euros na Suécia por exemplo, onde a moeda é coroas suecas aí sim terá um prejuízo grande em relação ao cartão de crédito. Isso porque é cobrada uma taxa altíssima de conversão coroas-euro, em torno de 5%. No cartão é feita diretamente a conversão coroas-dolar pela mesma taxa de 1%. Conclusão (pessoal), use o VTM com moderação em países que a moeda corrente é a do próprio cartão, mas só use em último caso em países em que a moeda é diferente da do cartão.

    Agora depois de ler o seu post fiquei com uma dúvida em relação ao cartão de débito. Meu cartão é um ourocard universitário crédito e débito. Já solicitei a liberação dele no exterior e isso já foi feito. O uso do cartão na função débito é limitado? Eu acredito que enquanto houver dinheiro na conta ele funciona, nunca ouvi falar de limite no débito. Como meu limite de crédito é bem baixo, estava planejando usar bastante o cartão na função débito... de qualquer forma vou procurar saber isso na minha agência.

    Valeu e parabéns pelo post explicativo!

    ResponderExcluir
  10. Henrique,

    Obrigado pelas comparações e contas ficou show!

    Quanto ao débito, alguns bancos impõem limites para o uso diário do débito e/ou para uma determinada transação. E esse valor pode variar quando você for para o exterior.

    Não sei como funciona no Banco do Brasil, mas, no Citibank, por exemplo, você tem um limite de R$ 1.000,00 por dia para usar o débito (seja para compras ou saques, que são somados), quando no Brasil. No exterior esse limite é você que define, de acordo com suas necessidades por lá. Esse limite é definido ligando para o telefone de atendimento do banco.

    Recomendo que você procure seu gerente para que ele lhe informe sobre esses limites, caso existam. Se você conseguir, tente aumentar o limite do seu cartão também, assim você pode acumular mais algumas milhas e usar em uma eventual emergência.

    ¡hasta luego!

    ResponderExcluir
  11. Nossa Vinicius, parabéns pela postagem!
    Pensa numa pessoa que rodou e rodou na internet e não encontrava informações precisas e detalhadas como vocês postou!.

    Me ajudou muitoooooooooooo! Fiquei feliz porque, mesmo sendo marinheira de primera viagem fiz as opções que me pareceram mais viaveis. E se confirmaram com a sua experiência!

    Obrigada mesmo! Vou indicar seu blog para os colegas que estão precisando de dicas!

    Por favor continue postando e compartilhando as suas informações, valiosissimas!

    ResponderExcluir
  12. Muito obrigado Thaise pelo seu comentário.

    Ultimamente ando com pouco tempo para escrever, confesso (muitos projetos em andamento, aí já viu), mas tentarei fazer uns pacotes legais para vocês!

    ¡hasta luego!

    ResponderExcluir
  13. olha vou viajar para barranquilla colombia apasseio o melhor é levar o dolar tur. ou comercial para troca por peso colombiano

    ResponderExcluir
  14. Olá Viajante,

    No caso o dólar comercial é usado para transações entre empresas (por exemplo, uma empresa que exporta produtos). Para nós, pessoas físicas, existe o dolar turísmo, que é tem uma cotação acima da taxa do comercial, uma vez que as casas de câmbio negociam entre elas e instituições financeiras sobre comercial, logo ela vai comprar doláres (ou qualquer moeda), abaixo de cotação oficial e vender acima da mesma. Este é o negócio.

    Eu recomendo que no caso de você ir pra Barranquilla, você troque seus dolares por peso colombiano ao chegar em Bogotá, no aeroporto, já que você pode ter problemas para encontrar casas de câmbio em Barranquilla (particularmente não conheço Barranquilla). Se pensar em ir pra alguma cidade mais pro interior nem pensa em levar dólar. Leve pesos.

    ¡hasta luego!

    ResponderExcluir