domingo, 31 de outubro de 2010

Avaliação - Delta Airlines

Com uma boa quantidade de milhas, derivada de vôos em parceiras da SkyTeam, transferência de cartão de crédito e compra de milhas (as cias. Americanas em sua maioria permitem que se compre), embarco em direção a Washington, via Atlanta e depois voltaremos direto de New York para São Paulo nos dois vôos operados pela empresa aqui.


Compra: A emissão foi feita em parte pelo site e telefone. Explico. Algumas pessoas já me falaram que é extremamente difícil emitir passagens prêmios com a Delta. Isso era válido no passado, mas, hoje é muito mais simples, pois, tendo assento no vôo você embarca. A questão aí é que existem três níveis de pontuação que eles exigem, sendo, geralmente necessários mais pontos, porém, informando que você tem flexibilidade e olhando todo dia pela manhã você pode achar o menor valor (60.000 milhas para uma viagem entre Brasil e Estados Unidos, na classe econômica, um dos preços mais elevados da rota).

A vantagem é montar seu roteiro no site e se não tiver a quantidade de milhas necessárias, deixar uma reserva aberta por até 7 dias (caso o vôo não seja dentro de uma semana), até você arrumar a quantidade necessária. Esse foi o meu caso, que ainda tinha que transferir alguns pontos da Amex para a Delta, que aqui vale o destaque que ela foi feita praticamente na hora (entrei num táxi, solicitei ela tudo automaticamente pela central de atendimento e quando entrei no site da Delta elas já estavam lá). Feito isso, ligação para o atendimento ao cliente que fez a emissão. 

O processo de compra no site é simples e só precisei informar os dados da minha esposa que não possui uma conta SkyMiles. Nota: 10


Check-in: Muita confusão e caos... Em São Paulo, fui informado que teria que retirar minhas malas em Atlanta e ficar rodando com elas até dar a hora do meu vôo (iria passar o dia todo na cidade da Delta). Questionei que quando o bilhete foi vendido, fui informado que apenas teria que fazer aduana em Atlanta e depois jogar na esteira de conexão pra Washington. Então a atendente me deu a seguinte resposta “O senhor precisa verificar com a agência que você comprou sua passagem!”... Respondi falando que a agência era a “Delta Airlines Inc.”, então ela deu um jeito das malas irem até Washington, porém, não conseguiu fazer meu check-in pro vôo entre Atlanta-Washington. Além disso, a fila era bem lenta para andar.

Chegando à maior cidade da Geórgia, procurei um balcão de check-in da empresa e precisei pedir ajuda para um simpático morador que iria voar com eles, porém em vôo doméstico. Depois de encontrarmos o check-in, o processo foi rápido e sem demoras.
 

Já na volta, por New York, a atendente nós chamou, porém colocou algumas pessoas na nossa frente, pois tinha outro vôo para Tel-aviv. Questionei-a o motivo de ter nos chamado e “largado” nós num canto. Depois de um minuto, ela começou nosso processo de check-in, ou melhor, do despacho de mala, já que tinha usado o kiosk de auto-atendimento. Para fechar, ela queria comprar excesso de peso (30 kg). Perdi meia hora explicando que o vôo era pro Brasil e que a franquia era duas malas de 32 kg, depois de chamar a supervisora ela entendeu, mas o pedido de desculpa não veio... Além disso, se eu não me lembro das etiquetas de bagagem, elas ficariam para sempre por lá.

O processo nos Estados Unidos é rápido, mas, os funcionários parecem não ter preparo ou boa-vontade de ajudar (acho que é uma mistura dos dois). Nota: 3


Embarque: A Delta faz uma divisão por zona para melhorar o embarque, porém, boa parte dos nossos irmãos desta terra não entende isso e tenta embarcar quando chama a executiva ou antes de sua zona, uma bagunça... Seguindo minha política de primeiro ou último, fiquei como um dos últimos a embarcar. Por fim, se tem uma coisa que eu não gosto é que o comissário queira me mostrar o assento de uma aeronave que eu conheço ação essa feita por um comissário brasileiro na volta... Nota: 9,5


Apresentação: No vôo São Paulo – Atlanta, usamos um Boeing 767-400ER, para Washington um 757 e na volta (New York - São Paulo) o 767-300ER. As aeronaves utilizadas são relativamente antigas e precisam de uma reforma interna. Em especial na ida, as instruções de segurança, catálogo do duty-free estavam com uma aparência de revista velha, do tipo daquela que encontramos em um salão de cabeleireiro simples. Revista de bordo = não, até mesmo nos vôos que partiram dos Estados Unidos. Para aumentar um pouco a nota, a manta e o travesseiro estavam no seu devido lugar nos vôos internacionais. Nota: 5


Assento: Se você tem mais de 1,80m se prepare (no meu caso 1,90m)... Achei absurdamente vergonhoso o assento na ida, no vôo internacional. Para se ter uma idéia, o vôo doméstico tinha um espaçamento maior entre as poltronas. Na volta, um alívio... Saída de emergência, com um belo espaço pra esticar as pernas e notei que a poltrona reclina bem mais que nos assentos normais. Porém, para os que não tiveram essa sorte, o aperto também foi grande. O peso da saída de emergência será pequeno e o que não vai deixar ela com um zero bem redondo é o vôo doméstico. Nota: 1


Entretenimento: Na ida e no vôo doméstico uma boa opção de filmes, jogos, documentários, música, etc. Um dos melhores que já vi. Vídeo individual nos vôos pra Atlanta e Washington, porém, na volta, o bom e velho “filme pra todo mundo”... Com alguns canais de áudio. Não sou chato com isso, mas, em vôos longos é mais que essencial ter um vídeo individual. Nota: 7


Pontualidade: Os vôos de/para o Brasil saíram com atraso de meia-hora. Para ajudar, o espaço aéreo no aeroporto JFK em New York foi fechado, devido às fortes chuvas que a cidade enfrentou nos últimos dias, o que resultou em mais atraso, mas, não por culpa da empresa... O vôo doméstico foi pontual. Nota: 7

Serviço de bordo: Na ida você tinha a opção de chicken (frango) ou pasta (massa)... Na minha vez, a pasta se foi e me restou comer o frango. Deu para engolir, mas, a fome também fala nessa hora... De bebidas são oferecidos refrigerantes, sucos, água, cerveja e vinho (gratuitamente). Outras bebidas alcoólicas são pagas (US$ 7,00 ou R$ 14,00). Para fechar com chave de ouro, o “divino” café da manhã com um sanduíche de um queijo bizarro, banana e as bebidas (chá, café, água ou suco).  Esse cardápio também se repetiu na volta, mas, jantei antes do embarque e levei umas rosquinhas e meu chá (já que os deles é muito ruim) pra tomar no café. No vôo doméstico, bebidas (algumas grátis e outras pagas). Nota: 4


Atendimento: No geral, muito ruim! Os funcionários trabalham de uma forma que parecem que estão fazendo um favor pra você. Até aí você pode dizer: Os Yankees não são simpáticos, mas, fiquei envergonhado com a comissária brasileira que atendeu o vôo São Paulo – Atlanta... Ela precisava fazer um estágio urgente com algumas ex-variguianas, assim como o comissário brasileiro do vôo de New York... A única que se salvou foi a Bethy, do vôo New York – São Paulo, que apesar de ser da gringolândia, fala um ótimo português e se preocupou decentemente conosco no vazio vôo da volta. Parabéns Bethy, ensine suas colegas a serem como você. Nota: 3


Desembarque: Achei muito boa a idéia de a Delta ter feito um vídeo falando sobre os procedimentos de desembarque em Atlanta, onde, você tem que sair do desembarque internacional, passar por todo o procedimento de segurança e ir para o resto do aeroporto. O desembarque das malas em Washington e São Paulo foi relativamente ágil e como usei milhas, não existe nenhum crédito para fazer, mas notei que as bagagens que deveriam ser prioritárias não foram... Nota: 9


Nota Final = 5,85


Resumindo, o que ajudou a Delta foi seu embarque, compra e desembarque, pois, os demais quesitos são próximos do péssimo... Recentemente li uma reportagem falando que a Delta (na visão do consumidor Yankee) é a pior companhia dos Estados das grandes (depois vêm a American Airlines (por causa da American Eagle), United, Continental e US Airways). A aeronave é antiga, os assentos muito apertados e serviço muito espartano. A única coisa que salva é o entretenimento, mas, isso pecou na volta.

Sinceramente, acho que as cias. gringas não valorizam esses quesitos nos seus vôos para o Brasil, mas, sem concorrência e sem um público crítico elas não devem mandar um tri-star pra cá, pois, bebe muito combustível.


Se eu voaria na Delta novamente? Sim, nos vôos doméstico ou na Business Elite...


Na semana que vem é hora de falar de Atlanta, em uma visita expressa a cidade.


¡hasta luego!

2 comentários:

  1. o que é tri-star?

    Quais são as melhores CIA's Yankee's?

    Abraços

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  2. Olá,

    O tri-star é (foi) um avião desenvolvimento em 1968, pela necessidade de outra cia Yankee (a American Airlines) de um avião para médias distâncias, mas que pudesse caber muito gente (se você configurar o avião inteiro em uma classe econômica, com um espaço entre as poltronas de 76cm, cabem 400 pessoas), pelos dados espalhados que tenho, foram feito cerca de 300 aviões desse modelo, que tinha três modelos (dois sobre as asas e um na "rabeira"). Atualmente uns 70/80 voam pelo mundo, alguns com passageiros, outra parte com governos e a maioria em cargueiros...

    Aqui segue a foto de alguns, incluse da Delta, que operou ele até a virada do século:

    http://www.airliners.net/photo/Delta-Air-Lines/Lockheed-L-1011-385-3-TriStar/1673163/L/

    http://www.airliners.net/photo/LTU---Lufttransport-Unternehmen/Lockheed-L-1011-385-1-TriStar/0304846/L/

    http://www.airliners.net/photo/American-Trans-Air/Lockheed-L-1011-385-3-TriStar/0116352/L/ (configuração interna)

    Quanto as melhores... Eu vou montar um post rápido com o relatório desse ano e já vou postar!

    ¡hasta luego!

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