domingo, 25 de abril de 2010

Companhias aéreas que você nunca ouviu falar - Parte 2

Continuando o post "Companhias aéreas que você nunca ouviu falar", vou fechar o post complementando com as demais empresas que poucos conhecem.


Flex Linhas Aéreas: Digamos que o nome "Flex" é totalmente desconhecido de muitos, porém, a Flex é nada mais nada menos que a verdadeira VARIG. No ano de 2006 quando a empresa entrava nos momentos finais de vida, ela foi dividida em duas partes: A primeira seria uma nova empresa chamada VRG Linhas Aéreas que atualmente é a razão social da GOL (a empresa GOL Linhas Aéreas Inteligentes não existe mais há mais de um ano, o que existe é uma marca fantasia GOL Linhas Aéreas). Essa nova empresa não teria dívidas e poderia operar normalmente, obtendo as licenças necessárias. A segunda empresa, chamada de "velha-VARIG", ficaria com todas as dívidas. A idéia inicial da Flex seria de operar uma rota regular entre São Paulo ou Rio de Janeiro (onde fica sua sede) para Porto Seguro. A idéia não avançou e a empresa hoje presta um serviço de fretamento com o seu único avião, um Boeing 737-300 ex-GOL, sendo a GOL sua principal cliente. É possível que um dia o avião da Flex apareça para fazer sua viagem, sob a numeração de um vôo GOL. Eu já fiz um vôo pela Flex e num momento mais oportuno irei fazer um post sobre ele.


Pantanal Linhas Aéreas: A Pantanal iniciou suas operações em Campo Grande, Mato Grosso do Sul em abril de 1993. Com o passar dos anos conquistou algo que muitas empresa viriam a cobiçar que eram diversos slots (espaços para poucos e decolagens) no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. No ano de 2009 a empresa entrou em recuperação judicial e deve que brigar na justiça para continuar voando e não deixar seus clientes no chão. Em dezembro daquele mesmo ano, a TAM anunciou o interesse pela compra da empresa (em especial pelos slots que a empresa possui) e fechou o negócio por R$ 13 milhões. A empresa tem como marco a introdução das aeronaves ATR-42 e por ter sido a primeira empresa brasileira a oferecer o web check-in. Atualmente a empresa voa para Juiz de Fora (Minas Gerais) e diversas cidades do interior paulista como Marília, Bauru, Araçatuba, Presidente Prudente, além da capital (no aeroporto de Congonhas - seu Hub) e Maringá no Paraná.


Passaredo: Além da parte rodoviária, a Passaredo também opera uma companhia aérea com uma frota de 10 aeronaves (sendo todos da Embraer, como 6 EMB-120, o Brasília e 4 EMB-145 recebidos recentemente). A empresa iniciou suas operações em 1995 com alguns dos Brasílias que ainda voam na frota, além de alguns Airbus A310 que eram usados para fretamento. Em 1999, em plena crise cambial, a empresa devolveu os A310 e colocou alguns ATR-42 na frota. Os mesmos se foram e em 2002 a empresa parou suas operações. Porém, em 2004 a empresa retomou elas com o cenário melhor e com mais sustentabilidade e iniciou sua expansão abrindo rotas que foram fechadas. A empresa possui como hub e sede a cidade de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo. Hoje a Passaredo opera em todas as regiões do Brasil, sendo que no estado de São Paulo, além de Ribeirão, a empresa voa para a capital (Guarulhos), Bauru, Marília, Presidente Prudente e São José do Rio Preto, além do Rio de Janeiro (Santos Dumont), Belo Horizonte (Pampulha), Uberlândia, Brasília, Cuiabá, Goiânia, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Barreiras (na Bahia), Vitória da Conquista, Salvador, Ji-Paraná e Palmas (em implantação).


Puma Air: A paraense Puma Air foi fundada em 2002 e operou serviços de táxi aéreo e fretamento para servir o estado do Pará. Alguns anos depois a empresa iria abrir suas operações regulares que mantiveram-se com seus vôos para o estado do Pará. No ano de 2008, devido a problemas financeiros, a empresa paralisou suas operações e um ano mais tarde seria vendida para um grupo de empresários, entre eles Gleison Gamboni de Souza e a Angola Air Service. Os novos donos estão fazendo todas as mudanças necessárias para que a empresa volte a voar até o fim do primeiro semestre desse ano na rota Macapá-Belém-São Paulo (Guarulhos) utilizando um Boeing 737-300 (ex-GOL). Estão previstas as entregas de outros dois 737-300 que serão aposentados pela GOL e um ou dois 767 ex-VARIG que seriam utilizados para operar uma rota entre Recife-Luanda. Até o momento a empresa não está vendendo passagens para esses destinos, porém, no aeroporto de Guarulhos já é possível encontrar a posição de check-in da empresa e placas de sinalização.


Rico Linhas Aéreas: A Rico foi fundada entre as décadas de 50/60 pelo comandante turco Munur Yurtsever, chamado de comandante Mickey. Inicialmente a empresa auxiliou no transporte de trabalhadores e garimpeiros na região norte. Com o tempo a empresa passou a funcionar como uma empresa de Taxi Aéreo, sendo que 1996 a empresa abriu suas portas para o transporte regular. A partir de 2005 a Rico tomou fôlego e incorporando até mesmo três Boeings 737-200 e um 737-300 e operou vôos charters para algumas cidades no exterior. A empresa era a principal transportadora da região norte, cobrindo todos os estados, com exceção do Tocantins. Em 2008, devido a crise econômica e medidas internas, a empresa reduziu em 90% suas operações, devolvendo todos os Boeings e ficando com apenas alguns EMB-110 (Bandeirantes), que hoje voam apenas no estado do Amazonas, que incluem a capital, Maués, Coari, Borba e Manicoré.


TEAM: Fechamos o post falando da carioca TEAM, fundada em 2001, iniciou suas operações mais como uma empresa de fretamento do que uma aérea regular. Ainda em 2001 a empresa iniciou as operações entre Rio de Janeiro (Santos Dumont)-Macaé-Campos de Goytacazes. Com o passar dos anos a empresa incorporou três aeronaves do modelo LET410 (contando com apenas duas hoje, uma vez que em 2006 uma das aeronaves operando a rota Macaé-Rio de Janeiro se chocou com um morro na região de Saquarema, matando seus 19 tripulantes, sendo a possível causa do acidente o mau tempo na rota). A empresa possui planos de expansão, sendo que além do Rio, Macaé e Campos, a empresa opera vôos para Angra dos Reis, Paraty, Búzios, Cabo Frio e Vitória (no Espiríto Santo).


Com isso, fecho o artigo sobre as empresa regionais do Brasil e espero que vocês agora tenham mais opções para seus vôos entre as diversas cidades brasileiras.


Agora é hora de algumas novidades e notícias: A partir da próxima semana estarei de férias do blog, voltando a postar no dia 23 de maio, com uma avaliação da Aeromexico, "um dia na Cidade do México", a avaliação do campeão da nossa pesquisa "Qual sua cia. aérea brasileira que você mais voa?" (faltam poucos dias para a pesquisa acabar), além do resumo de minha viagem para Chicago.


Eu quero abrir um espaço para que vocês façam a sugestão de um post para o blog. Minha idéia é publicar esse desejo de vocês no final de junho. Vocês podem deixar suas sugestões nos comentários desse post.


Pode parecer muito tempo o quanto eu vou ficar fora, porém, não se preocupem que logo estarei de volta.


¡Hasta luego!

domingo, 18 de abril de 2010

Companhias aéreas que você nunca ouviu falar - Parte 1

A aviação regional no Brasil não é algo tão grande como em outros países com dimensões continentais como os Estados Unidos ou China. Sempre deixado para segundo plano pelas grandes companhias que dominam o mercado (apesar de no caso da TAM ela ter nascido como uma regional) não só pela falta de passageiros, como do conhecimento dos mesmos sobre a existência das rotas e o preço que pode não ser muito convidativo, as companhias regionais acabam por ficar esquecidas em nosso país.

Pensando nessas empresas "esquecidas" resolvi escrever esse post que será divido em duas partes, onde vou falar sobre uma lista de empresas regionais que muitos não conhecem e que até realizam vôos internacionais.

Vamos conhecer elas:

Abaeté Linhas Aéreas: Companhia aérea baiana, fundada em Salvador em 1995 que opera uma frota de dois aviões bandeirantes (EMB-110). A empresa nasceu de um esquecimento de uma grande companhia da época, a VARIG, que comprou a Nordeste Linhas Aéreas e acabou com as rotas regionais da empresa. A Abaeté já existia nessa época como uma empresa de táxi aéreo, então viu a oportunidade de criar linhas regulares para diversas cidades baianas. A empresa já chegou a possuir quatro aeronaves, porém, o pouco investimento e fluxo de passageiros fizeram com a empresa fosse reduzida e atualmente ela opera nas cidades de Salvador, Bom Jesus da Lapa e Guanambí. A empresa de táxi aéreo ainda existe e dá suporte para as operações da empresa.

Air Minas: A empresa surge em 2002, iniciando suas operações no ano seguinte, pelas mãos do empresário Clesio Andrade. No final de 2005 a empresa é vendida para Urubatan Helou Teixeira, dono da Braspress. Desse momento a empresa começa a decolar. Seu hub fica no aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte (hoje limitado para aviões de pequeno porte). Além de BH, Montes Claros, Ipatinga, Uberaba e Uberlândia são atendidas pela empresa dentro de Minas. A empresa conta com uma ligação Uberaba - São Paulo (aeroporto de Guarulhos).

Cruisier: A empresa segue um caminho parecido com a Abaeté. Começou suas operações em 1996 como táxi aéreo no estado do Paraná através do comandante Vinícius de Lara Cichon. A empresa iniciou suas operações regulares no ano de 2001 e chegou a ser a principal empresa do Centro Oeste, em termos de cidades atendidas, porém, foi proibida de voar no estado do Mato Grosso após a ANAC descobrir que uma de suas aeronaves trafegava sem o certificado de manutenção obrigatória no estado. No site da empresa nenhuma rota está disponível para venda.

META: Com sede em Boa Vista, Roraima, a META nasceu na década de 80 pela necessidade do transporte de garimpeiros no estado de Roraima. Em 1991 a empresa se firmou como companhia aérea. O grande chamariz da empresa (do qual eu sou simpatizante, apesar de nunca ter voado), é a segurança. "Se houver qualquer pane na aeronave preferimos cancelar o vôo", diz o comandante Mesquita, presidente da empresa. Apesar de a empresa ficar em Roraima, onde atende Boa Vista, o forte da empresa é o estado do Pará, onde atende Altamira, Belém, Itaituba, Oriximiná, Monte Dourado e Santarém. Outro destaque dessa "pequena" empresa são seus vôos internacionais para Paramaribo (Suriname) e Georgetown (Guiana Inglesa). A empresa possui uma frota de EMB-110 (Bandeirantes) e EMB-120 (Brasília).

NHT: Essa gaúcha nascida em 2006 veio com o objetivo de ligar a região Sul do país. A empresa se tornou mais conhecida no último mês, quando levou para casa alguns slots (espaço para pousos e decolagens) no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. Suas operações começaram no último dia 09 de abril, entre São Paulo e Curitiba. Além dessas duas cidades, a empresa opera em Florianópolis, Navegantes, Caçador, Joaçaba, Chapecó (em Santa Catarina) e Uruguaiana, Rio Grande, Pelotas, Porto Alegre, Santa Maria, Santo Ângelo, Santa Rosa e Passo Fundo (no Rio Grande do Sul). A empresa opera seis aeronaves do tipo Let L-410 que comporta até 19 passageiros e dois tripulantes. Em 2007 a empresa fez uma parceria com TAM, o que permitiu que seus vôos fossem vendidos no site da companhia, aumentando sua ocupação.

Creio que agora você conheça e tenha como opção, mais cinco companhias aéreas para seus destinos de norte à sul, literalmente.

Vocês já voaram em alguma dessas empresas? Como foi a experiência? Compartilhe suas experiências conosco.

Na próxima semana vou fechar essa lista com mais algumas companhias desconhecidas por muitos.

¡Hasta luego!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Ônibus via internet

Sempre defendi que a internet é um ótimo meio de pesquisa sobre diversas coisas, incluindo viagens.

Se você já viajou no tempo que não existia internet, você tinha que ficar buscando referências em amigos (que ainda é válido), guias de viagens (também válidos) e nos agentes de viagens (que nem sempre são confiáveis, já que o interesse deles é vender). Depois de paginar guias e guias, você ia pra uma loja da companhia aérea, agência de turismo ou empresa de ônibus comprar seus bilhetes e levava aquele monte de papel para casa. Bom, esse tempo acabou.

Hoje você pesquisa em qualquer site de busca, verifica a indicação de outras pessoas e por fim fecha se vai viajar ou não.

As companhias aéreas viram na internet uma forma de reduzir custos, principalmente com o bilhete eletrônico (famoso e-ticket) que reduziu o custo daquele monte de páginas chamadas até então de bilhete aéreo.

Num outro caminho, as empresas de ônibus não foram por esse caminho, em especial no Brasil. São poucas as empresas que possuem a possibilidade de comprar suas passagens via internet, isso quando ela possui um site.

A desculpa mais comum que já ouvi sobre isso em algumas empresas é que "internet é cara" ou "quem viaja de ônibus não sabe mexer em computador". Creio que esse argumento já é batido, principalmente com a popularização da internet, celular, e redução dos custos da manutenção de um site.

Com isso, essa semana vou falar sobre três sites que auxiliam quem possui internet e deseja viajar de ônibus. Infelizmente não existe nenhum "Decolar" ou "Expedia" dos ônibus, mas, esses sites vão auxiliar vocês nessa busca por uma boa passagem de ônibus:

ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres): Nesse link é possível encontrar linhas entre duas cidades (em Linhas entre duas localidades) ou que passam por uma cidade (Linhas com seção em uma localidade), dentre outras opções. A vantagem do site da ANTT é que é possível ter uma idéia da tarifa que será cobrada pela empresa (o valor não é exato), mas você não será pego de calças curtas quando for comprar a passagem. Além disso, em outras seções do site é possível verificar o registro das empresas de ônibus, dos veículos, e obter informações sobre outros meios de transporte terrestre por terra, como o transporte ferroviário.

Socicam: A Socicam é uma empresa que administra diversos terminais rodoviários no Brasil e no Chile, que inclui o Terminal do Tietê, em São Paulo e Rio de Janeiro. No site deles é possível encontrar as empresas que fazem a ligação entre duas cidades e exterior, indicando o nome, telefone e site (caso possua) da empresa. Para utilizar o site, basta informar a cidade de origem e destino e clicar no botão Consultar. Na página seguinte as empresas que atendem a rota irão aparecer. A única limitação do site é que as origens devem ser dos terminais da Socicam, caso contrário será difícil encontrar a rota desejada.

NetViagem: Esse é um dos poucos sites (creio que o único, pois, não conheço outro), para a venda de passagens. Nele você deve informar a empresa que deseja utilizar, origem, destino e data. Depois ela faz uma pesquisa e mostra os horários e valores disponíveis. Na primeira compra será necessário fazer um cadastro e depois é só pagar. Em alguns casos existe a opção de parcelamento. Uma coisa importante não só no site da NetViagem, mas em alguns sites das empresas de ônibus é quem irá retirar a passagem.
Geralmente, você irá para o terminal com o comprovante de compra e deverá retirar a passagem no guichê, como se estivesse comprando na hora. Caso você não vá viajar, você deve indicar quem irá retirar a passagem.

Além desses três sites que passei para vocês, ainda existem os sites das próprias empresas de ônibus, onde é possível comprar suas passagens. Algumas podem não oferecer a passagem via internet, porém, oferecem via telefone o que torna o processo de compra mais simples.

Por fim, uma boa pesquisa na internet e a referência de outros amigos podem auxiliar você na busca por uma empresa de ônibus que faz determinada rota.

Você já comprou sua passagem pela internet? Como foi? Compartilhe sua experiência e opinião com todos os leitores.

Na próxima semana eu vou falar sobre as "companhias aéreas esquecidas do Brasil", que na verdade são companhias regionais e que não estão nos grandes aeroportos do país, mas, podem ajudar você a ganhar tempo para diversas cidades do interior do país.

¡Hasta luego!

domingo, 4 de abril de 2010

A Gorjeta

No mês passado eu fiquei completamente abismado (pra utilizar uma palavra mais leve) com uma lei que estava sendo votada por nossos governantes (e ainda foi aprovada) diante dos inúmeros problemas que temos no Brasil.


A lei permitia que os restaurantes e bares possam cobrar 20%, após às 23:00h, ao invés dos atuais 10%, como serviço. Eu me pergunto como um tipo de pauta dessa foi parar na mão deles, mas, vamos nos concentrar no tema em discussão: A Gorjeta.


Antes de mais nada, uma coisa deve ficar bem clara: Gorjeta (ou serviço como chamam aqui) é totalmente opcional e não existe valor mínimo ou máximo. Isto é, se você quiser dar alguma importância pelo serviço prestado, dê, caso contrário não dê. Mesmo com a lei, ninguém é obrigado a pagar nem 10, nem 20 porcento.


Fazendo uma análise sobre as pessoas e sua relação sobre a gorjeta, existem três tipos de "gorjeiteros":

  1. Os que nunca dão gorjeta, independentemente do atendimento que recebam
  2. Os que eventualmente pagam, me enquadro aqui, onde a gorjeta só é merecida se o atendimento for bom, ótimo ou excelente.
  3. Os que sempre pagam, independentemente do atendimento que recebem.
Dos três grupos, considero o terceiro grupo o mais crítico, pois, eles sempre estão pagando a gorjeta (ou serviço), não importando o atendimento. Eu venho observando aqui no Brasil que em muitos lugares o atendimento não faz nada para ser bom (não falo apenas de lugares baratos, alguns chamados de "refinados" ou "chiques" também são assim). O atendimento cai ao nível de regular ou ruim, pois, os garçons ou bartenders sabem que poucas pessoas não irão pagar o serviço. Muitas pessoas entendem que o serviço é até obrigatório (e não é).

Não quero pousar como um revolucionário, mas, o princípio da gorjeta que temos (e quando viajamos usamos, correto?), em outros países deve ser aplicado no Brasil. Só damos gorjeta se formos bem atendidos.

Além disso, você não paga gorjeta apenas para garçons ou bartenders. Uma série de outras categorias podem receber gorjeta: Empacotadores de supermercado, taxistas, vendedores, comissários e quem você achar que mereça.

A gorjeta é um poderoso instrumento de renda para muitas pessoas e vou citar minha experiência também.

Já trabalhei num supermercado onde eu dobrava meu salário (mínimo na época) ajudando os empacotadores em dias mais movimentados (se eu trabalhasse todo dia eu poderia aumentar mais ainda) e na época pude comprar um computador novo somente com o dinheiro das gorjetas. Porém, a vantagem no caso do trabalho que eu tinha era que eu recebia o mesmo em dinheiro, na hora. Nada de 10% pro empacotador ou caixa.

Pagar a gorjeta diretamente em dinheiro é algo que eu sempre faço. Inúmeras denuncias já surgiram sobre restaurantes e bares que simplesmente "embolsam" a gorjeta que deveria ser encaminhada para seus funcionários. Em São Paulo, segundo um levantamento feito, existem 7 mil processos trabalhistas movidos pelos Sindicatos dos Garçons sobre gorjeta, onde 70% são relacionados a locais onde os 10% ficam com a casa e o garçom nunca vê o dinheiro.

Outro cenário é a "caixinha coletiva". Nesse caso toda a gorjeta (é que o está na teoria) deve ser depositada nessa "caixinha" e no fim do dia ela é divida, ou em partes iguais, ou de acordo com o tempo de casa. No caso do tempo de casa, se o garçom for novo, pouco ou nada sobrará para ele.

Depois de ler esses tipos de informações, ter vivenciado a experiência de ganhar gorjetas, e de conhecer como funciona a gorjeta em outros países, hoje minha filosofia é pagar em dinheiro, se o atendimento for bom.

Além disso, fica outro detalhe. Você não precisa pagar 10% ou 20%. Você determina o valor que você quer dar. Se você achar justo pagar 5% ou 110% de gorjeta, nada lhe impede. Ficará ao seu critério.

A conclusão da sua relação com a gorjeta deverá ser feita por você, única e exclusivamente. Lembre-se que a gorjeta é uma fonte de renda importante para muitas pessoas, porém, elas devem merecer com um bom atendimento e presteza e outros critérios que você julgue necessário.

Essa semana eu fico por aqui. Na próxima vou falar sobre alguns sites e serviços que podem auxiliar você na busca dos preços e empresas de ônibus que fazem uma determinada rota.

¡Hasta luego!